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11 de fevereiro de 2010

‘Violência cósmica no meu canto lírico’: poemas de Newman Simões vêm a público

O nome de um dos poemas de Newman Ribeiro Simões, em seu livro ilogicamente, viu-se aqui apropriado pelo título deste artigo. Justifica-se: ele fornece pistas sobre as forças íntimas que mobilizam o poeta – a contemplar a cósmica existência – e o levam a recorrer a versos para conferir forma e expressão a seus sentimentos.

Logo na abertura desta publicação, com capa de Juliana Mesquita e projeto gráfico interno de Daíza Lacerda, Newman afirma textualmente não ser poeta, mas apenas escrever poemas. E registra: “fertilizando o esquecer, faço ressuscitar memórias, celebrando histórias que, de meu gosto, seriam reais; afinal não custa espremer memórias, fazendo minha tristeza vazar; não se pode fugir dos açoites dos fantasmas interiores nem dos sustos que outros monstrinhos nos pregam, escondidos que estão em trincheiras da alma”.

Se de fato ‘o universo observa-se mediado pela mente humana’, neste livro as ‘palavras rompem o silêncio... e dançam’. Por suas páginas ‘o tempo pulsa e passa’; mas nelas impresso, e para sempre, ‘o guerreiro [poeta] ficou encantado’.

ilogic@mente. poemas
Pref.: Jorge de Albuquerque Vieira; 107p.; ISBN 978-85-60677-08-5; R$ 25,00

29 de julho de 2009

A escuta no tratar do indivíduo com diabetes: saberes, sabores e sentimentos


Este é um livro destinado a aproximar o nutricionista, o médico e outros profissio- nais de saúde das pessoas com diabetes, para ajudá-las a reconstruir sua relação com o alimento e com o próprio corpo.

Nele, os saberes e sentimentos sobre a doença, expressos por quem a vive e com o auxílio da escuta psicanalítica, são apre- sentados antes dos saberes dos especia- listas. Aos conhecimentos atualizados em diabetes e educação nutricional, acrescem-se os sabores da alimentação saudável, em 115 receitas testadas e calculadas, complementadas com tabelas de apoio ao planejamento alimentar e à contagem de carboi- dratos, instrumentos práticos e eficazes na busca de um melhor contro- le metabólico, prazer e bem-estar para a pessoa com diabetes.

Como bem destaca Maria Cristina Faber Boog no prefácio do livro, há muito a autora deste livro compreendeu que “saberes cindidos, desar- ticulados das situações de vida em que são gerados e nas quais devem ser cuidados, pouco concorrem para a eficácia dos tratamentos”. Assim, a nutricionista e psicanalista Denise Giacomo da Motta parte da postu- ra de que escutar e tratar o indivíduo com diabetes exige uma visão global sobre ele. Postura essa essencial para a eficácia também dos processos educativos, nos quais se deve privilegiar a história, os senti- mentos, crenças, valores, comportamentos e condições de vida dessa pessoa.

Educação Nutricional & Diabetes tipo 2. Compartilhando saberes, sabores e sentimentos
DENISE GIACOMO DA MOTTA
Colaboradores: Patrícia Carreira Nogueira, Adriane Foganholo, Rejane Rodrigues de Campos, Ivan Arbex e Marcela Franciele da Silva Nazatto

ISBN 978-85-60677-07-8; [em ed. eletr.]
Prefácio: Maria Cristina Faber Boog

26 de julho de 2009

Estão chegando as almofadas de Amélia!

Entre os próximos lançamentos da Jacin- tha Editores está mais um livro de ficção. As Almofadas de Amélia é composto por crônicas escritas por Dorothee Rüdiger, uma alemã há muito radicada no Brasil. Cansada de ouvir e de reproduzir velhos discursos sobre a norma no campo do direi- to, o da rebeldia contra o sistema e o da verdade na filosofia e na religião, Dorothee encontra nesta publicação nova forma de expor inquietações, angústias, amor e outras percepções, até então de fora dos ensaios científicos de que foi autora. “Percebi que há, no caminho do desejo,” revela-nos ela, “mistérios de um impossível tortuoso de ser traçado, se estritamente seguidos com normas e regras. Daí o intento de expressar com palavras o que não pode ser falado, mas que, por isso mesmo, deve ser dito.”

O propósito dela é colocar-se, como escritora e psicanalista, no exercício efetivo da constatação de que – assim como no amor – a arte e a psicanálise só acontecem no encontro com o outro. Porém, esse encontro raramente vê-se facilitado quando este outro se dispõe a ouvir o que foge à razão. As Almofadas de Amélia ocupa, justamente, espaço próprio em oposição a tal tendência.

Quando muitas obras do mercado editorial pouco respeitam a angústia existencial que marca nossa era, Dorothee, que elegeu o Brasil para fincar raízes, deixa-se publicar sem respostas acabadas. Mas, decerto, faz do relato de seu percurso íntimo um olhar oportuno sobre uma sociedade em transição, olhar esse marcado essencialmente pela presença do feminino a cada dia a se redescobrir.

É por essas e outras que as Amélias estão em extinção. Mulher de verdade mesmo é a que está surgindo neste mundo globalizado. Com garra, têm mantido o sensível como diferencial sobre o predomínio masculino – ainda que sem negar seus conflitos e contradições. Exatamente como Dorothee vem a público, por meio de suas crônicas. Com verve e fina criticidade, não poupa nem o universo feminino.

Se muitos maridos transformaram-se em almofada, “enfeitando o sofá da sala”, é porque não raro eles viraram estampa ao sucesso da nova mulher. Segundo a crônica “O homem troféu”, a mulher atual “ainda sustenta uma espécie de patriarcado postiço. (...) viver sem um reizi- nho mandão em casa seria um desastre. Para que, afinal, ela beijou o sapo? Para ter um príncipe com uma longa espada dependurada na cintura!”. Ao fim, ele assim representa um prêmio pela luta incansável que esta nova Amélia trava no dia a dia globalizado...

As Almofadas de Amélia: crônicas sobre a condição feminina
DOROTHEE RÜDIGER


ISBN 978-85-60677-06-1; 170p.; [no prelo]
Piracicaba: Jacintha Editores, 2009