A expressão latina ex libris significa literalmente dos livros, a indicar ‘livros de’, ‘pertencentes a’. É empregada como verdadeiro título de propriedade de um livro por uma pessoa ou instituição, ao mesmo tempo em que expressa a personalidade daquele que o possui. Para tanto, além da própria composição do ‘selo’ que o sustenta, associa-se a ele palavras ou expressões, como divisa, vinheta ou emblema, muitas vezes em latim.
.,..O uso dessas etiquetas coladas ou gravadas na primeira página interior para identificar livros remonta à época da invenção da tipografia, na Alemanha, por volta de 1450. O primeiro exemplo de ex-libris teria sido de Johannes Knabensberg, também conhecido como Hans Igler (João Ouriço), gravado em madeira por W.L. Schuberg, com o perfil de um ouriço comendo flores silvestres, como também os de Giorgis de Podebrady (1455) e o de Hildebrand Brandenburg (1470).
.,..Em nosso país, Manoel de Abreu Guimarães, provedor da Santa Casa de Sabará no século XVIII e possuidor de vasta biblioteca, é tido como o primeiro brasileiro a ter um ex-libris. Mas há quem indique ser Padre José Correia da Silva, também morador de Sabará nesse período, o dono do ex-libris mais antigo no Brasil.
....O fato é que se trata de uma interessantíssima tradição, repleta de ‘belas histórias de arte, de vida e de amor aos livros’. Aliás, é como se intitula a introdução, assinada por Dorothée de Bruchard, da ótima publicação Ex-Libris, organizada por Plinio Martins Filho (Ateliê Editorial, 2008, 188p.), cuja leitura fica aqui indicada e de onde reproduzimos as imagens que ilustram esta postagem. . De Alvarus (Álvaro Cotrim, caricaturista carioca), com desenho de sua autoria (p. 140); . De Diva Bei, com desenho de Elisário Bahiana, em zincogravura (p. 128); . De Sylvio Bevilacqua (p. 140)
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