31 de agosto de 2011

Diário do Engenho em águas piracicabanas

A Jacintha Editores acaba de formalizar seu apoio a um projeto de comunicação com tudo para decolar e alçar altos voos: o mais que bem-vindo Diário do Engenho, periódico online que tem a cultura piracicabana como abordagem central. A proposta desse veículo, coordenado pelo radialista, músico e escritor Alexandre Bragion, é trazer, a partir de postagens dinâmicas, informações, opiniões, textos literários, críticas, crônicas e curiosidades sobre a vida de uma das mais pitorescas cidades de São Paulo e que tem na diversidade cultural uma de suas marcas.
     A Jacintha foi fundada em Piracicaba, em 2006. No período em que lá estivemos instalados, aprendemos a respeitar seus artífices culturais, dos mais dinâmicos do interior paulista. Música, poesia, artes plásticas, literatura, folclore, teatro e esporte encontram na cidade inúmeros núcleos para sua prática. Não sem razão, é da característica nata do piracicabano muito se orgulhar desse amplo repertório de cultura em suas raízes.
     Para quem não sabe, Piracicaba é cortada pelo rio que lhe dá nome, cujo significado, “lugar onde o peixe para”, indica a dificuldade, oferecida por enorme queda d’água, aos peixes que sobem suas águas para procriar. É na margem direita que está um dos importantes monumentos do município, a imponente estrutura do Engenho Central (foto), eixo do desenvolvimento piracicabano na virada para o século XX. Sua construção remonta a 1881 e hoje, desapropriado pela prefeitura, tem seus 80 mil m2 de área verde e 12 mil m2 em construções destinados a atividades artísticas e recreativas.
     O Diário do Engenho se propõe justamente a dar espaço e repercussão a tais particularidades da cidade. O layout limpo do site, desenvolvido pelo pessoal da Ecliente Informática, e a qualidade de sua proposta editorial têm obtido repercussão crescente. E ainda agregado, o que é seu propósito, cada vez mais jornalistas, cronistas e colaboradores em seu projeto, todos interessados em produzir e discutir cultura piracicabana e piracicabanismos.
    O time da Jacintha expressa os votos de pleno sucesso aos bons rumos do Diário do Engenho nas águas internéticas desde Piracicaba!
Clique aqui e acompanhe o Diário do Engenho.
Foto: Jac©Edit

23 de agosto de 2011

Cláudia Villar e suas ‘Simbioses’ no espaço Pantemporâneo

A artista plástica Cláudia Villar estará expondo 18 esculturas da série ‘Simbioses’, a partir do dia 31 de agosto (4.a feira), na galeria do Pantemporâneo, em São Paulo, ficando em exposição até 8 de outubro. Esses trabalhos são produzidos em resina pintada com esmalte sintético. “São seres e coisas que habitam minha imaginação e que têm origem em desenhos e estudos tridimensionais”, diz a artista paulistana, que há muitos anos vive e possui seu ateliê em São Bento do Sapucaí, em São Paulo.
     Segundo o professor de artes visuais e de história da arte, o também artista plástico Nelson Screnci, “os seres de Cláudia Villar agora pertencem aos reinos da natureza e, ao mesmo tempo, a nenhum deles especificamente. Podem ser bichos, pedras ou flores. Seus corpos, porém, possuem formas orgânicas, arredondados, sinuosas, que atraem não só o olhar, devido às combinações de cores e à composição inusitada, mas também o toque, convidando o espectador à participação direta através da experimentação tátil das curvas e texturas”.
     Parte desses alegres trabalhos ‘simbióticos’ de Cláudia Villar pode ser apreciada em vídeo, que tem como trilha sonora a sugestiva Fantasia, de Shumann. A artista possui ainda belos trabalhos em mosaico, executados juntamente com seu marido e também artista plástico Ângelo Milani. Confira na web, por exemplo, Roteiro dos Mosaicos, com destaque à belíssima Capela Santa Cruz, em São Bento, restaurada pelo casal – por sinal com registro em postagem do blog da JacEdit em 15/jul. do ano passado.

Pantemporâneo: Avenida Nove de Julho, 3.653 - Jd Paulista - São Paulo/SP; fone: (11) 3018-2230. ‘Simbioses’: 31/ago.-8/set. das 10 às 18 horas. No sábado (7), às 15h, com entrada franca, haverá visita guiada pelos artistas que estarão expondo no local.
Foto: Jac©Edit

22 de agosto de 2011

O livro ganha uma revista

O universo do livro, como também da editoração, bibliografia e artes gráfica – ou seja, a comunicação impressa como um todo –, ganhou neste ano um novo fórum de expressão, a revista Livro, do Núcleo de Estudos do Livro e da Edição (NELE) da Escola de Comunicação e Artes-USP. Coordenada pelos professores Plínio Martins Filho e Jerusa Pires Ferreira, a publicação busca a reflexão, o debate e a difusão de pesquisas que têm na palavra impressa seu objeto principal.
     Livro segue a linha dos defensores do livro em papel, mesmo reconhecendo a importância das novas tecnologias para a publicação e o registro do conhecimento. Seu foco maior está na valorização do suporte impresso frente às mudanças que se assiste no campo da produção editorial. Os artigos que traz discutem, entre outras abordagens, o futuro do suporte em papel, os caminhos do mercado editorial e o livro a serviço da história. Assim, também toca no "prazer do incerto amanhã”, nas palavras de Lincoln Secco, em seu artigo a respeito da revista, para a Brasileiros de julho.
    Bom exemplo é o ensaio “O futuro do livro impresso e as editoras”, assinado por Plínio Plínio Martins Filho, ou “Quem diz livraria diz refúgio”, de Alfredo Bosi. Artigos, entre outros, de Walnice Nogueira Galvão e de Jean-Yves Mollier, como ainda as memórias de J. Guinsburg e de Ruy Coelho, dão o tom desta primeira edição.

A revista Livro (208p., 18 x 27 cm, ISBN: 2179-801X, R$ 30,00) pode ser adquirida pela web, no site da Ateliê Editorial.

18 de agosto de 2011

Estamos comprando mais livros! Espera-se que lendo mais também...

O brasileiro comprou mais livros no ano passado do que em 2009. É o que constatou a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, promovida pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Isso tem rebatimento no crescimento de 8,12% no faturamento do setor editorial em 2010 (algo como R$ 4,5 bilhões), com crescimento de 13,12% no total de exemplares vendidos. Desdobramento que interessa ao leitor: tal ganho de escala manteve a tendência de queda do preço médio de capa, com recuo em 2010 de 4,42%.

Realizada anualmente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP), a pesquisa divulgada dia 16/out. traz ainda outros números: o total de exemplares vendidos em 2009 passou de 387.149.234 para 437.945.286, no ano seguinte. Em 2010, 54.754 títulos foram publicados, aumento de 24,97% em relação a 2009, com 18.712 novos títulos, o que aponta uma aposta editorial na diversidade da oferta.

Em plena era de venda pela internet, chamou atenção o fato de que, entre os canais de comercialização, o que mais cresceu, proporcionalmente, foi a venda de livros por porta a porta/catálogos: passou de 16,65% para 21,66% do mercado em número de exemplares. Já em termos de faturamento, as livrarias continuam na liderança, com 62,70% do mercado. O censo também mostrou que, das 498 editoras ativas no País, a maioria delas (231) é composta por empresas com faturamento de até R$ 1 milhão.

2 de agosto de 2011

Eli Pariser: cuidado com os 'filtros-bolha' online


Os sistemas de buscas, como o Google, e de redes sociais, como o Facebook, não têm medido esforços para oferecer serviços ‘personalizados’ ao gosto de cada navegador da web em busca de notícias, resultados de pesquisas ou de quaisquer outras informações. Contudo, os processos de filtragem necessários para tanto têm caído num risco que poucos dimensionam, com significativa manipulação no acesso aos dados da grande rede mundial.
....Em elucidativa palestra que tem circulado na internet, o executivo e articulista americano Eli Pariser, autor do livro The Filter Bubble, alerta para tal situação, que põe em risco o próprio caráter democrático da rede, tão propalado pela universalização do acesso a informações em escala planetária. Trata-se da cilada dos "filtros-bolha", pelos quais as ferramentas de busca personalizada podem efetivamente estreitar nossa visão de mundo.
....Por essas e outras, muita gente considera que há tempo o território da liberdade de opinião, como pode ser tida a web, vem sendo manipulado! Tire suas conclusões na excelente reflexão de Pariser.