Independente do idioma que se fale, qualquer um ‘lê’ muito bem o ‘M’ do McDonalds, a ‘vírgula’ da Nike, a maçã da Apple ou o símbolo da Coca-Cola, com seus ‘C’s característicos. Trata-se da força da marca de cada uma dessas empresas, que permite sua imediata identificação, até mesmo por alguém não alfabetizado.
Claro, o símbolo visual é apenas parte de tal força de comunicação. Para se chegar nesse ponto de universalização, é preciso que aquilo que ele representa tenha uma base firme, ou seja, que possua um ‘espírito’. O logo de uma organização deve incorporar algo que a represente e expressar sua ideologia. Outro aspecto é o fato de ele não se restringir à sua criação, mas ser sustentado por um processo de comunicação normatizado, com definições que projetem sua aplicação nas diversas mídias e suportes, a partir do estudo que acompanha a própria criação dele.
“Os procedimentos descritos num manual de marca são fundamentais para que se possa garantir uma padronização visual coerente e consistente, agregando valores de modernidade, confiança e qualidade a ela”, enfatiza a designer gráfica Juliana Mesquita, da Osh Design. Foi ela quem desenvolveu todo o projeto de identidade visual de nossa casa editorial, incluindo a forma da jacinta (a libélula da Amazônia) e o indispensável manual de aplicação desse logo.
Além da marca de uso preferencial, a mais conhecida pelo grande público, esse estudo prevê aspectos como seu emprego em formato horizontal/vertical; versões para uso eletrônico, como site e blog; especificação precisa das cores, com indicação de impacto sobre fundos mais adequados e restrições àqueles sem contraste suficiente ou que atrapalhem sua legibilidade; versões cromáticas possíveis à marca, tanto em P&B quanto colorido; definição da família tipográfica da logomarca (tipo de letra empregado) e de toda a papelaria (envelopes, papel de carta, cartões, adesivos e impressos em geral).
Recentemente o site da Exame trouxe seis dicas básicas para se criar um logo de impacto para os negócios, dadas pelo designer Gustavo Motta, do site de criação colaborativa de logotipos WeDoLogos, para quem o autoconhecimento é a chave na criação de um logo de sucesso. Segundo ele, o empreendedor deve ter claro seus diferenciais e como quer se apresentar ao mercado para que isso possa ser traduzido na sua marca.
E, para encerrar, um toque: confira o site com trabalhos de Juliana Mesquita em encadernação, e tenha melhor ideia da abrangência de um olhar em design que, com muita sensibilidade, leva também para atividades artesanais sutileza e requinte.
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