
Casado com a também artista plástica Cláudia Villar e pai da Lara – já de incontíveis pendores artísticos, que o diga o gato de sua casa... –, o paranaense Ângelo Milani afirma procurar “o diálogo das formas e cores com o vazio”. Suas peças cromáticas, que na exposição ‘Recortes’, em 2001 (Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo), obtinham espacialidade escultural, agora em ‘Infinitudes aos Pedaços’ vêm a público em molduras de alumínio, ganhando cada conjunto ainda mais leveza pela própria ‘incompletude’ em que são contidas. Tal incompletude nos leva a vazar o olhar em extensão ao fundo sobre o qual são expostas as obras. Provoca-nos mesmo redimensionar a mirada sobre elas – talvez simplesmente, como registra o artista, pelo fato de “as sombras exibirem o etéreo”.
Para quem declaradamente é avesso a “formas acostumadas’, Ângelo faz imperar em seus trabalhos fulgurância de cores, liberdade de formas lúdicas e harmonia em suas sobreposições, alcançando resultados que o mantêm em vigoroso movimento de experimentações e crescimento artístico, a bom deleitar o senso estético do público apreciador das artes plásticas. Quem estiver em São Paulo, ou por lá passar, tem assim a ótima oportunidade de conferir, até o início de outubro, uma das mais dinâmicas exposições oferecidas na cidade.
Confira no vídeo abaixo algumas obras desta exposição (ou: http://www.youtube.com/watch?v=J7pDCB-tIPo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário