5 de dezembro de 2009

Pesquisa revela: brasileiro preenche tempo livre com livros

De acordo com o “Perfil do consumo de cultura do brasileiro”, levantado em 2008 pela Fecomércio/RJ e pela Ipsos Public Affair em mil domicílios de 70 cidades (entre elas, nove metrópoles), 65% dos entrevistados que disseram ter hábitos de lazer e cultura optaram pela leitura de livros. Outras opções à pergunta “Por ordem de preferência, o que você mais gosta de fazer?” incluíam a ida ao cinema, shows de música, teatro, espetáculos de dança e exposições de arte.

A pesquisa apontou ainda que a quantidade de livros lidos pelos entrevistados é, de acordo com eles, em média 5,1 exemplares por ano. Por sua vez, as mulheres atestaram ter dado mais valor à leitura (5,5 livros em média) do que os homens (4,7 livros). Aqueles que disseram preferir o cinema, o fizeram, em 2008, apenas 4,1 vezes; os mais simpáticos à música foram a 3,8 shows e os que gostam de teatro frequentaram 3,5 eventos. As exposições de arte ocuparam a lanterna na preferência cultural do brasileiro, com 2,1 visitas. E na projeção para o ano de 2009, tanto as mulheres quanto os homens responderam que continuariam priorizando a leitura às demais atividades culturais. Mas o valor é baixo – 20 reais –, no que se refere ao preço máximo de cada livro considerado aceitável pelos participantes do estudo.

O lado negativo revelado nesse estudo é que essa maioria que respondeu preferir a leitura de livros está entre os 43% dos entrevistados que afirmaram ter como hábito preencher o tempo livre com atividades culturais. Isso significa que, para mais da metade dos brasileiros (57%), ler um livro ou ir ao teatro não faz parte da sua realidade, seja por falta de informação ou simplesmente por não gostar de fazê-lo. Além do mais, 19% reconheceram que não apreciam nenhuma dessas atividades culturais. Ou seja, está mais do que na hora de se propor políticas culturais pú-blicas efetivas para começar a reverter esses hábitos da população. Ou alguém acredita que o país vá mesmo decolar, como se promete, apenas assistindo televisão nas horas vagas?

Dados da pesquisa: publicados no site PublishNews, 2/dez./09.

30 de novembro de 2009

Diploma de jornalismo e risoto de salmão: informação e entretenimento

A recente – e equivocada – decisão do STF sobre a não obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, com a consequente mobilização dos jornalistas para revertê-la, foi assunto tratado na última 5.a feira (26/nov.) no programa Do Nosso Jeito, da TV Mix Regional, do qual participei como coordenadora do curso de Jornalismo do ISCA Faculdades de Limeira, ao lado do professor Paulo Botão, coordenador desse curso na Unimep/Piracicaba.

Fazer parte desse encontro foi interessante, e também divertido. Isso porque parte da discussão sobre o papel do jornalista como profissional da comunicação, assim como a necessidade de sua qualificação em nível superior, aconteceu em plena cozinha do estúdio, ao vivo, enquanto arregaçamos as mangas e preparamos um risoto de salmão com manjericão e creme-de-leite.

É que o formato do programa alia informação e entretenimento, incluindo receitas preparadas pelos convidados. Ao final, tive a impressão de que a equipe gostou também da receita do peixe, tanto que não restou pedaço pra contar a história.

Agradeço especialmente a acolhida dos jornalistas Sérgio Moreira e Márquia, apresentadores do programa Do Nosso Jeito, que vai ao ar, diariamente, das 9h30 às 11h30, ao vivo, pela TV Mix Regional. Vale a pena conferir.

25 de novembro de 2009

Encontro Literário encerra o 7.o Prêmio Escriba de Contos 2009

O Anfiteatro do Engenho Central, em Piracicaba, sediará o evento de encerramento do 7.o Prêmio Escriba de Contos 2009, promovido pela Secretaria Municipal da Ação Cultural. No dia 3 de dezembro, às 20h, o professor Alexandre Bragion mediará um bate-papo literário com os escritores Jaime Leitão e Marcelino Freire. Na noite seguinte, será feita a entrega dos troféus aos ganhadores.

O Prêmio Escriba de Contos acontece a cada dois anos e recebe inscrições de trabalhos de todo o Brasil, como também de outros países, notadamente Itália e Portugal. Nesta sétima edição, o primeiro lugar ficou com o gaúcho Emir Rossoni, com “Mamãe trabalha à noite” (leia o conto em: http://bibliotecadepiracicaba.files.wordpress.com/2009/10/mamae-trabalhava-a-noite-paulo-jorge-1c2ba-lugar-premio-escriba-de-contos-2009.pdf).

O Anfiteatro do Engenho Central fica à Av. dr. Maurice Allain, s/n., na Vila Rezende, em Piracicaba.

17 de novembro de 2009

É o dito: Marcelino Freire em Piracicaba!

Vencedor do Prêmio Jabuti de 2006 na categoria melhor livro de contos, com Contos Negreiros (Record), o pernambucano Marcelino Freire vem a Piracicaba para participar de mesa redonda sobre literatura e microcontos. O evento abre as comemorações da entrega do 7.º Prêmio Escriba de Contos, produzido pela Secretaria de Cultura do município. A conferência de Marcelino Freire e Jaime Leitão, outro escritor também especialista em microcontos, acontece no dia 3 de dezembro (quinta), às 20h, no Engenho Central. A entrada é franca!

Marcelino Freire desponta hoje entre os principais nomes da literatura contemporânea brasileira. Nascido no alto sertão pernambucano, e morando na cidade de São Paulo desde 1991, Marcelino estreou no mercado editorial em 2000, com o livro Angu de Sangue, publicado pela Ateliê Editorial, graças à indicação de um dos mais respeitados críticos literários do país, João Alexandre Barbosa – que também escreveu o prefácio do livro.

Contista nato, algumas de suas histórias chegaram a ser adaptadas para a televisão (como os Contos da Meia Noite, da TV Cultura) e para o cinema (curtas dirigidos por Iberê Camargo e Tucá Siqueira). Como editor, Marcelino Freire idealizou e editou, entre outras obras de referências, os Cem Menores Contos Brasileiros do Século (Ateliê Editorial e eraOdito editOra), reunindo autores como Dalton Trevisan, Millôr Fernandes, Marçal Aquino, Raimundo Carrero e João Gilberto Noll em microcontos inéditos de até 50 letras. Blogueiro por natureza, o autor mantém na internet o blogue eraOdito – apontado pela revista Bula como um dos 20 blogs mais influentes da rede.

Alexandre Bragion
www.educativanasletras.blogspot.com
foto: Renato Parada

10 de outubro de 2009

‘O silêncio recebe a fúria do verbo’

Esse é o título dos versos que abrem Ilogic@mente – assim mesmo, com arroba no lugar do “a” –, livro de poemas de Newman Ribeiro Simões, em produção pela Jacintha Editores, e que tão bem identifica, em força e criatividade, o conjunto dessa obra. Formado pela ESALQ-USP em agronomia, Newman fez mestrado em estatística, é professor de matemática e também autor de A Morte Canta no Canto de um Conto (2004). Mas a arte está longe de ter presença bissexta em sua vida.

Desde os tempos de juventude, em sua pequena Pindorama/SP – terra também do escritor Raduan Nassar, de quem por sinal é amigo de infância –, Newman está envolvido com a promoção de atividades culturais. Um grande exemplo é o show que ele dirige e produz em Piracicaba/SP. O ‘Falando da Vida’, acontecimento já de repercussão regional, congrega músicos e cantores para concorridíssimas apresentações anuais. E lá se vão 24 edições desse espetáculo! Todas sem fins lucrativos, revertendo o arrecadado em doações para entidades assistenciais.

Justamente para continuar a falar da vida, e das pulsões e estranhamentos que ela lhe causa, Newman vem agora a público com o seu Ilogic@mente. Em seus versos, o que possa residir de 'ilógico' nos sentimentos passa a ganhar senso, sentido e beleza quando as “palavras rompem o silêncio... e dançam”. Recentemente elogiado pelo amazonense Thiago de Mello como um “poeta de primeira água”, Newman não se define como tal. “Apenas escrevo poemas”: “vez ou outra, palavras me chegam como pólen reclamando sua flor”. E ainda assim insiste em não se dizer poeta...

Se a agronomia perdeu um bom profissional, não se pode afirmar, mas certamente as letras e o mundo das artes têm muito a agradecer à matemática, que regularmente cede a criatividade e inspiração deste seu filho acadêmico. Aguardem para conferir o novo livro de poesias de Newman! Vocês não perderão por esperar.

Confira no site do ‘Falando da Vida’ esse belo projeto cultural.
. Foto: Silvia Annunciato

30 de setembro de 2009

O que fazer com o diploma de jornalista

Sobre o futuro da profissão de jornalista e dos cursos superiores de jornalismo no país, em consequência da recente decisão do STF de suspender a obrigatoriedade do diploma como pré-requisito para trabalhar na área, vale a pena conferir a pequena reportagem feita pela EPTV/Rede Globo com entidades de classe, professores e estudantes.

Em resumo: com relação ao mercado de trabalho, aposta-se que não haverá grandes mudanças, uma vez que a profissão e o diploma de jornalista continuam sendo prestigiados pelos veículos e empresas de comunicação. No que diz respeito às faculdades, aquelas que oferecem bom ensino de jornalismo vão continuar existindo, porque a procura pelo curso promete prosseguir – no processo seletivo para ingresso na USP em 2009, por exemplo, jornalismo revelou-se uma das carreiras mais disputadas, isso já em pleno processo de discussão nacional sobre a obrigatoriedade ou não do diploma.

No entanto, o que mais nos preocupa, na qualidade de professores de jornalismo e de cidadãos, é que, num Brasil em que a educação seria a grande saída para promovê-lo no médio prazo ao patamar de nação desenvolvida, a sua elite política decide abrir mão de um diploma de ensino superior. Triste paradoxo.

Clique aqui: link para acesso à matéria da EPTV, enviado à Jacintha Editores pelo amigo e professor Jaime Curcio.

23 de setembro de 2009

Internet: domínio .net.br liberado pelo Registro.br

O Registro.br, órgão responsável pela gestão dos domínios brasileiros (.br), liberou o registro de domínios com a extensão .net.br. Como regra, o registro de domínios com essa extensão, em um primeiro momento, será exclusivo para quem já é proprietário de um domínio .com.br: até 6 de outubro próximo, quem possui um domínio com extensão .com.br poderá registrá-lo com a extensão .net.br. Esse domínio já está reservado para você.

Contudo, se você não se pronunciar informando tal interesse, a partir do próximo dia 6 o Registro.br vai liberar o registro .net.br para qualquer interessado.

A principal vantagem para o registro nessa nova extensão é a preservação do seu nome na internet, evitando que algum concorrente utilize um nome parecido para nela se promover. Entretanto, caso a divulgação do seu site já esteja consolidada pelos meios digitais e mídias convencionais, manter mais um domínio talvez seja apenas uma despesa a mais. Vale ressaltar que existem mais de 30 extensões diferentes, além dos domínios internacionais, com o que manter o nome do seu site com todas as extensões torna-se algo custoso. Cada domínio adicional gera um custo aproximado de R$ 80,00 por ano.

Portanto, se houver interesse, não perca o prazo e consulte o site http://registro.br para mais informações.

Gustavo Gonzalez
eCliente (texto original em
http://ecliente.blogspot.com/)

18 de setembro de 2009

Diabetes em debate com a Terceira Idade

O livro Educação Nutricional & Diabetes Tipo 2, da nutricionista e psicanalista Denise Giacomo da Motta, será lançado dia 22/set. (terça), às 14h, na Universidade Aberta à Terceira Idade-Unimep. Dentre as atividades relativas ao dia Nacional e Internacional do Idoso promovidas por essa universidade, a autora da obra apresentará palestra sobre diabetes e pré-diabetes, suas origens, modos de controlá-los e a importância da educação alimentar para portadores de tal doença e seus familiares. Será um evento gratuito e aberto a toda comunidade.

Programação
Palestra: “Educação Nutricional & Diabetes: compartilhando saberes, sabores e sentimentos”
Palestrante: profa. dra. Denise Giacomo da Motta

Local: auditório do Prédio Rosalie Brown
Campus Centro – Unimep
Rua Boa Morte, 1.257 – Piracicaba/SP

O silêncio dos livros

Para os amantes dos livros e da leitura, fica aqui a dica de um blog: 'O silêncio dos livros'. Nele é exposta uma incontável seleção de imagens (quadros, fotos, ilustrações, desenhos...) que registram, das mais distintas maneiras, essa antiga e indispensável relação nossa com o prazer de ler.

Assinado, sem maiores identificações, por 'Miguel', essa página na web traz trabalhos de gente como Edward Hopper, Manet, Norman Rockwell, Hugo Pratt, Oliver Jeffers, Goya, Jean-Baptiste Carpeaux e Almada Negreiros, entre dezenas de outros.

Vale a pena conferir (e se deliciar): www.osilenciodoslivros.blogspot.com/

Ilustração desta página: A good book (1893/1904), de Stuart G. Davis

9 de setembro de 2009

Educação Nutricional no rádio e internet

O Educativa nas Letras (Rádio Educativa FM 105,9 Mhz) acaba de gravar programa com a nutricionista e psicanalista Denise Giacomo da Motta, autora do Educação Nutricional, livro produzido pela Jacintha Editores. Na entrevista a Alexandre Bragion, Carmelina de Toledo Piza e Lucila Calheiros Silvestre, foram tratados vários aspectos desta obra, em particular a importância de se fazer chegar a um público tão amplo aspectos práticos sobre o lidar com o diabetes.

Os números envolvendo tal doença no Brasil por si só dão a devida dimensão. Dados do Censo Brasileiro de Diabetes, do final dos anos 80, indicavam que, entre aqueles na faixa dos 30 aos 69 anos de idade, 7 a 8% tinham diabetes e cerca de 50% deles ignoravam sua condição. Uma década depois, outro estudo, produzido em Ribeirão Preto/SP, mostrou a prevalência de 12,1% de diabetes e de 7,7% de tolerância diminuída à glicose (pré-diabetes) nessa mesma faixa etária. Estimativas recentes apontam para 10,9 milhões o total de portadores de diabetes no Brasil, hoje em dia!

A partir da premência de se lidar com tal realidade, a entrevista versou sobre umas das características deste livro: dar abertura ao sujeito portador de diabetes, em sua escuta, que nele se faz presente. Inclusive participando com algumas das inúmeras receitas que a publicação oferece ao seu leitor. Proposta esta que, como um dos pilares do trabalho de Denise Giacomo, na prática proporciona maior proximidade de nutricionistas, médicos e outros profissionais de saúde com as pessoas atingidas pelo diabetes, de modo a melhor ajudá-las a reconstruir sua relação com o alimento e com o próprio corpo.

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL & DIABETES TIPO 2
Compartilhando Saberes, Sabores e Sentimentos
Denise Giacomo da Motta
Colaboradores: Patrícia Carreira Nogueira, Adriane Foganholo, Rejane R. de Campos, Ivan Arbex e Marcela F. da S. Nazatto
Pref.: Maria Cristina Faber Boog
288p.; ISBN 978-85-60677-07-8; R$ 45,00
Piracicaba: Jacintha Editores, 2009

Atenção para a dica
Pelo site do Educativa nas Letras
você pode ouvir o programa on line de onde quer que esteja: 19/set. (sábado), às 10h, com reprise em 20/set. (domingo), às 21h.
Foto: Jac©Edit

Ainda o Eterno Retorno

Uma boa notícia editorial. Acaba de ser relançado o livro Do Nunca Mais ao Eterno Retorno. Uma reflexão sobre a tortura. De autoria do cientista político Luciano Oliveira, o mercado editorial resgata assim – pelo menos em parte –, uma dívida com um excelente professor pernambucano, que apesar da qualidade de sua escrita e pesquisas, não era publicado já há bastante tempo.

Professor do departamento de Ciências Sociais da UFPE e de sociologia jurídica da Faculdade de Direito do Recife, Luciano especializou-se em temas como direitos humanos, pena de morte e tortura. Mas essa reedição traz como aspecto ‘negativo’ justamente o fato de a discussão que ela suscita permanecer atual.

“Afinal, depois do governo Bush, perdemos o complexo de inferioridade como Estado-torturador”, como comenta de modo cortante o escritor. A famigerada prática da tortura lamentavelmente é conservada em países periféricos, como o Brasil, onde sua abolição restringe-se aos bem situados socialmente. O grande choque provocado entre nós pelo regime militar não foi a instituição da tortura, mas o fato de que, sob o reino dos DOI-CODI, a classe média brasileira, antes protegida por imunidades sociais, viu-se na categoria das ‘torturáveis’.

Apesar da ainda atualidade de tal temática, o fato do grande público poder voltar a ter acesso à escrita sempre arguta e consistente de Luciano Oliveira é motivo de comemoração. Outra boa notícia fica por conta de que a carioca Vieira & Lent prepara a publicação de nova obra dele, O Bruxo e o Rabugento, em que a verve do brilhante professor trata, numa linha mais ensaística, Machado e Graciliano e... Bem, aí já é outra conversa. Volto a esse livro quando sua produção estiver mais avançada.

FICA A DICA
Do Nunca Mais ao Eterno Retorno. Uma reflexão sobre a tortura
Luciano Oliveira. Brasiliense (Col. “Tudo é História”, n. 149), ed. renovada, 95p., R$ 19,00

Venalidade e Tolerância Zero

O humorista Juca Chaves contava que, num voo Rio-São Paulo, uma formosa jovem sentou-se ao seu lado; após alguma conversa, ele indagou se ela toparia ir para a cama com ele por 5 milhões de dólares. A moça respondeu prontamente: “Claro, quando você quiser!”. E então ele perguntou: “E por 50 reais?”. Ao que a moça reagiu enfurecida: “O senhor está pensando que eu sou uma prostituta?”. “Bem, isso já ficou decidido na primeira pergunta, agora é só uma questão de preço”, concluiu Juca.

Tal qual na piada, políticos que pedem o voto dos eleitores e depois, ocupando cargos públicos, fraudam concorrências, desviam verbas, buscam indevidamente o cancelamento de multas, nomeiam parentes ou contratam fantasmas, trocam apoio político por benesses e mesmo por dinheiro, ou ainda, de algum modo, usam o cargo em benefício próprio são e sempre serão ladrões – do mesmo modo que fazer sexo com alguém por dinheiro, independentemente do valor, é prostituição pura e simplesmente.

Prostitutas e traficantes pelo menos informam suas intenções. Já os políticos venais juram, com a maior desfaçatez, serem honestos. Alguns, amparados até por igrejas, ainda dizem ser apoiados por Deus e trabalhar por amor ao próximo, quando, na realidade, em troca de favores pessoais, deixam de cumprir o papel para os quais foram realmente eleitos. Seja no Senado ou nas Câmaras de Vereadores, na Presidência da República ou na Prefeitura de qualquer cidade, é corrupto tanto o que frauda concorrências e embolsa milhões quanto aquele que troca seu apoio por dinheiro ou leva um grampeador para casa.

Infelizmente, o brasileiro sofre de baixa autoestima e se deleita com o aceno de um figurão da política, mesmo sabendo que o tal figurão é um assaltante da coisa pública. Por conta disso, a criminalidade cresce aceleradamente em todas as áreas, pois se aqueles que criam leis são eles próprios ladrões, lógico está que não farão leis sérias, estabelecendo punições rígidas para delinquentes. Se quisermos reduzir a criminalidade no país, é preciso iniciar pelo exercício do direito que temos de cobrar honestidade dos nossos políticos e o de puni-los com manifestações, indicando claramente que não toleramos desvios de conduta daqueles pagos pelos nossos impostos.

Recordo-me que, em 1989, após a queda do Muro de Berlin, o então primeiro ministro Helmut Kohl disse aos eleitores que não haveria aumento de impostos para custear a reunificação da Alemanha. Em 1991, estando eu novamente naquele país, vi que Kohl era recebido com ovos e tomates toda vez que vinha a público, e me foi explicado que o povo assim fazia porque ele mentira: aumentara impostos para custear a reunificação. Não recomendo atirar tomates nem ovos em políticos safados e mentirosos, pois isso geraria imediata escassez desses produtos... Mas devemos dar as costas sempre que cruzarmos com um político venal, que não queira investigar colegas ou que se beneficie do cargo indevidamente. Essa seria a política da tolerância zero.

Celso Leite
administrador, consultor, professor e tradutor juramentado

6 de setembro de 2009

Curso de Jornalismo de Limeira entre os 10 melhores da Região Sudeste


O curso de Jornalismo do ISCA Faculdades de Limeira está entre as 10 melhores faculdades de jornalismo da Região Sudeste (estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo) avaliados pelo Guia 2009 da revista Imprensa.

O ranking será publicado na versão impressa da revista em outubro. Mas a relação dessas faculdades, como também a metodologia e os critérios adotados na avaliação (experiência profissional do corpo docente, infraestrutura e experiência laboratorial, projeto pedagógico e presença no mercado de trabalho, entre outros) já estão disponíveis no Portal Imprensa:
http://portalimprensa.uol.com.br/portal/ultimas_noticias/2009/09/04/imprensa30611.shtml. Confira!

É mais um reconhecimento do esforço e da capacidade dos professores, técnicos e alunos desse curso, que acumula prêmios como:
. finalista do Concurso 2009 de Telejornalismo da CNN;
. finalista do Concurso Jovem Jornalista 2008 do jornal O Estado de S.Paulo;
. vencedor na categoria livro-reportagem Intercom 2007;
. vendedor na categoria videoclipe Intercom 2007.

Parabéns ao time do curso de Jornalismo do ISCA por mais esse feito de impacto regional!

31 de agosto de 2009

Livro de Denise Giacomo da Motta entra em gráfica

Está em processo de impressão o livro da nutricionista e psicanalista Denise Giacomo da Motta, Educação Nutricional & Diabetes Tipo 2. Trazendo uma nova abordagem sobre o desejo de acolhimento e escuta dos portadores de diabetes, a obra parte do sentido de que a capacidade dos profissionais que tratam e orientam tais pessoas em muito colabora para o resultado do tratamento. Assim, também é para eles que seu conteúdo é dirigido.

Ao lidar com educação alimentar e nutricional, esta publicação confere um olhar biopsicossocial sobre os portadores de diabetes e detalha inúmeros aspectos sobre “sabores” de uma alimentação saudável. Por exemplo, é composto por 115 receitas, constituindo uma gama de opções nutricionais de bom gosto às pessoas com diabetes e a seus familiares, mas também a qualquer outra que busque saúde e prazer na alimentação.

A partir de tais receitas, o livro oferece amplo material com identificação das porções usuais e das porções para trocas equivalentes em carboidratos, além de informações nutricionais sobre as receitas e tabela de apoio a um consistente planejamento alimentar. Vejamos alguns comentários sobre esta publicação:

Denise Giacomo inova ao ensinar que a tarefa de um nutricionista pode transcender o puro conhecimento, o manejo de dietas e a prescrição nutricional, uma vez que o mais importante é, decerto, a procura do entendimento do outro, de suas angústias e do modo particular de cada um enxergar seu próprio mundo e suas limitações, inclusive alimentares.
Tenho certeza de que este livro será de grande valia para todos os profissionais de saúde envolvidos no atendimento mais efetivo das pessoas com diabetes, pois alia a boa prática nutricional à compreensão abrangente das limitações e das dificuldades do paciente, com vistas à superação delas e à eficácia do tratamento/acompanhamento.
Walter J. Minicucci
especialista em endocrinologia e metabologia pela SBEM, mestre em clínica médica pela Unicamp e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes

Os textos deste livro, escritos com propriedade, possibilitam o entendimento comum. Que os portadores de diabetes saboreiem o conteúdo elaborado com pitadas de amor e compreensão, colheres de dedicação e xícaras de carinho. Esta, certamente, é a melhor receita que os profissionais de saúde podem oferecer e os pacientes e familiares, executar.
Adriana Ortiz da Silva
psicóloga e psicanalista membro da Associação Psicanalítica da Argentina (APA) e da Associação Internacional de Psicanálise (IPA); diretora da Ápice (Associação para Investigação Cientifica e Epistemológica) no Brasil

Colaboradores: Patrícia Carreira Nogueira, Adriane Foganholo, Rejane Rodrigues de Campos, Ivan Arbex e Marcela Franciele da Silva Nazatto
Pref.: Maria Cristina Faber Boog
288p.;
ISBN 978-85-60677-07-8
Piracicaba: Jacintha Editores, 2009

26 de agosto de 2009

'As Almofadas de Amélia' na mídia

Dorothee Rüdiger, autora de Almofadas de Amélia: crônicas sobre a condição feminina, gravou sua participação no programa radiofônico Educativa nas Letras nesta terça (25/ago.). Na entrevista que concedeu a Alexandre Bragion, Carmelina de Toledo Piza e Lucila Calheiros Silvestre, ela tratou de sua origem alemã e do quanto foi marcada pela literatura em sua juventude, do seu envolvimento com a questão feminina e de seu olhar sobre nosso mundo em plena era da globalização.

Com destaque, Dorothee falou daquilo que a levou, após longa trajetória de produção acadêmica, a publicar seu primeiro livro no campo da literatura e do seu processo de criação. Durante o programa algumas crônicas são lidas pelos locutores e depois comentadas pela autora.

Essa entrevista com Dorothee vai ao ar pela Rádio Educativa FM 105,9 Mhz dias 5/set. (sáb.), às 10h, e 6/set. (dom.), às 21h.

Almofadas de Amélia e sua autora também repercutem no Jornal de Piracicaba, no próximo domingo (30/ago.), na seção “Estante”, em matéria com bastante detalhes sobre o livro e o pensamento de Dorothee. O trabalho é assinado pelo jornalista Rodrigo Alves. Confira!

Foto: Jac©Edit.

21 de agosto de 2009

Primavera de livros

Com o tema “Liberdade para ler o Mundo”, a 14.ª edição da Primavera dos Livros pro- mete apresentar ao público visitante cerca de sete mil títulos nem sempre disponíveis nas livrarias a preços acessíveis, com descontos de 10% a 40%. O evento promo- vido pela Liga Brasileira de Editoras (Libre) ocorrerá entre 10 e 13 de setembro, no Centro Cultural São Paulo, próximo à Esta- ção Vergueiro do Metrô, na capital paulista, e terá programação cultural para adultos e crianças, incluindo mesas-redondas, ofici- nas e lançamentos. A entrada será gratuita.

A intenção dos organizadores é possibilitar ainda o encontro e a troca de experiências entre editores, autores, intelectuais e outros agentes da cadeia produtiva do livro. A Primavera, como é chamada no meio lite- rário, tem atraído cada vez mais leitores exigentes e promete oferecer a eles uma boa dose da diversidade do mercado editorial brasileiro, muito do que não se pode encontrar nas livrarias.

Você pode conferir a programação detalhada do evento em: http://www.primaveradoslivros.com.br.
A ilustração também é reproduzida desse site.

19 de agosto de 2009

Ler e escrever um bom livro

Entrevista realizada pela Folha de S.Paulo com três escritores e profes- sores de oficinas literárias – Luiz Antonio de Assis Brasil (autor de Ensaios Íntimos e Imperfeitos e professor da PUC/RS), Marcelino Freire (organizador de Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século) e Luís Augusto Fischer (autor de Machado e Borges e professor na UFRS) – traz regras básicas sobre a leitura e a escrita de bons textos.

No topo dessa lista aparece “ignorar os best-sellers, por maior que seja a tentação de lê-los”. A dica é esperar passar cinco anos e, se o livro ainda respirar, aí sim, vale a pena investir nele.

Outra sugestão infalível, segundo os especilistas, é evitar edições amadoras. E aqui faço um adendo: já pela capa e pelo acabamento você, em geral, percebe se o livro merece ou não ser lido. Há edições e edições – algumas, entre as mais precárias, sequer trazem o código de barras relativo ao ISBN (que funciona como uma espécie de RG de cada obra, registrando-a na Biblioteca Nacional), o que faz com que o livro, grosso modo, não tenha a sua identidade. Também são muito comuns erros ortográficos e outros problemas de linguagem, que denunciam a falta de cuidado na edição do texto e prejudicam sensivelmente a leitura. Basta dar uma folheada para percebê-los – nesse caso, fuja de tais edições.

E mais um conselho: se você tiver dificuldade de avançar na leitura de um clássico do tipo Machado de Assis, pode ter certeza de que o problema é seu, e não do texto. Insista. Os bons textos geralmente exigem mais de uma tentativa de leitura.

Para quem se aventura à arte da escrita, os autores aqui citados indicam reservar ainda mais tempo à leitura, além de escrever apenas sobre o que realmente conhece. A prática de cortar palavras e frases, como também a de usar o ponto final em abundância dá certo na grande maioria das vezes.

Por fim, o jovem escritor deve ter sempre em mente que, na outra ponta do seu texto, está a figura do leitor. É preciso contemplá-lo, sem abrir mão dos próprios princípios, de modo a evitar que ele abandone tal leitura a qualquer momento.

Por essas e por outras razões é que o papel do editor na publicação de uma obra torna-se imprescindível. Mas essa é uma outra discussão, a ser tratada neste blog em novo texto.

A íntegra dessas dicas está em “O que fazer com um texto?”, Folha de S.Paulo.

17 de agosto de 2009

Internet: em breve, estaremos todos nas nuvens

A edição passada da Veja – revista que tem insistido em pautas jornalís- ticas discutíveis sobre bem-estar, saúde e beleza – traz interessante matéria de capa sobre a nova dinâmica de processamento e armazena- mento de informações que vem se instalando definitivamente na rede mundial de computadores. Por seu alcance e magnitude, essa nova tecnologia, conhecida como “computação em nuvem” (cloud computing), começa a modificar a maneira com que pessoas e empresas se relacionam com seus computadores pessoais e corporativos, e deverá determinar a história da computação nos próximos 50 anos.

Na base da computação em nuvem está a virtualização e o arquiva- mento de dados em centenas de data centers mantidos por grandes corporações (como a HP, a Amazon, o Google e a Microsoft) e espalhados pelo planeta; eles permitem que você baixe programas diretamente da web para acessar seus arquivos de qualquer lugar. É que tanto esses softwares (desde simples editores de texto até complexos sistemas operacionais) quanto os seus arquivos particulares deixam de estar alocados exclusivamente na memória do seu computador e passam a ser direcionados para tais ambientes (as nuvens!), de acordo com a demanda do usuário.

Assim, por exemplo, quando salvo no Scribd ou no Google Docs o anexo com a íntegra de um texto postado neste blog (como no caso da matéria “Encontro com Lobo Antunes na FLIP” abaixo), estou armazenando esse documento em uma nuvem digital.

Qual é o resultado disso? Antes de tudo, economia de custos. Em vez de serem obrigadas a investir seu capital na compra de PCs, que se tornam obsoletos em pouco tempo, as companhias podem dispor hoje de desktops digitais, que consistem basicamente de monitores e teclados conectados a um único sistema operacional operando em nuvem. Os serviços de nuvem também possibilitaram, por exemplo, a digitali- zação e o acesso ao público de 71 anos de reportagens do The New York Times. Para hospedar todas essas matérias na rede, o jornal pagou meros 240 dólares.

O cidadão comum também ganha com essa tecnologia. Não por acaso, as vendas de netbooks prometem aumento de 80% em 2009 em relação ao ano passado. Mais baratos e compactos, eles começam a tomar o lugar dos notebooks, desde que se mantenham conectados full-time à internet; do contrário, sua utilidade se anula.

Mas, diante desse quadro que se avizinha, surge a inevitável pergunta: mantidos nas nuvens, que garantia poderemos ter sobre a privacidade desses dados que produzimos? Veremos...

A matéria “Computação sem fronteiras” integra a edição 2.125, n. 32 de Veja, 12/ago./09.

13 de agosto de 2009

Notícias e negócios no Twitter


Criado em 2006 – portanto, há pouco mais de três anos –, o Twitter tornou-se o microblog mais popular do mundo. Ele pode ser usado de várias formas, por exemplo, para manter contato com os amigos ao redor do plane- ta, saber as novidades sobre os mais variados assuntos ou acom- panhar as movimentações de empresas e instituições. Mas por detrás disso tudo está a possibilidade de divulgar notícias com grande velocidade.

Após entrar no site do Twitter (https://twitter.com/signup) e criar um login e um perfil , você tem como começar a enviar e receber mensa- gens imediatamente. A maior agilidade e rapidez na troca de informa- ções via Twitter é porque cada mensagem postada pode ter, no máxi- mo, 140 caracteres, o que também facilita a leitura. Daí a diferença desse microblog com relação às outras redes de relacionamento. Os usuários do Twitter conseguem inclusive enviar e receber mensagens pelo celular (é só cadastrar o número do aparelho no site).

No Twitter, você, com seu perfil definido, passa a seguir (follow) outros perfis, seja de amigos, conhecidos, empresas, celebridades e até mesmo gente que até então você não conhecia. E o seu perfil também pode ser seguido por outros usuários. A sua página do Twitter traz todas as mensagens postadas tanto por você como por aqueles que você estiver seguindo. Para ser um de seus “seguidores”, o usuário não precisa ser “amigo” seu, diferentemente do que ocorre no Orkut ou no Facebook. Basta que a pessoa se interesse pelo conteúdo gerado por você. Já para você se tornar um seguidor de outro usuário, terá de clicar follow toda vez que encontrar um perfil de seu interesse.

O Twitter também tem se revelado excelente oportunidade de negócio, uma vez que o público que se torna seguidor de determinada empresa ou marca o faz porque possui interesse nos seus serviços ou informações. Para uma instituição, possuir esses seguidores equivale a ter uma lista segmentada e filtrada de potenciais consumidores – por isso, tais dados lhe são tão valiosos. Para aumentar seus grupos de seguidores, algumas companhias passam a oferecer prêmios ou descontos especiais no site da instituição. São promoções feitas para estimular o público a manter com elas um contato frequente.

Gustavo Gonzalez
eCliente (texto original em http://ecliente.blogspot.com/)

11 de agosto de 2009

Encontro com Martín-Barbero em São Paulo


Na próxima segunda-feira (17/ago.), o Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo, esta- rá sediando um evento imperdível: a palestra “A Pesquisa de Comunicação em Tempos de Globali- zação", conferida pelo professor e teórico colom- biano Jésus Martín-Barbero. Em seguida à fala dele, será aberto debate com docentes especializados em sua obra, com a mediação da professora Maria Immacolata Vassalo de Lopes, da ECA/USP.

Martín-Barbero é um dos maiores expoentes em estudos da comunica- ção e da cultura contemporâneos e autor de vários livros, entre eles, Dos Meios às Mediações: comunicação, cultura e hegemonia, pela Editora da UFRJ.

As inscrições para o evento, patrocinado pelo Fórum Permanente de Programas de Pós-Graduação em Comunicação do Estado de São Paulo, são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail centralinfo@espm.br.

O Memorial da América Latina fica à Rua Tagipuru, 282, portão 13 (Auditório Simón Bolívar), Barra Funda. O evento está programado para as 14h.

A imagem que ilustra esse texto é reproduzida de:
www.revistateina.com/teina/web/Teina4/dossiermartinbarbero.htm

7 de agosto de 2009

Os e-books estão chegando...


Tudo indica que os e-books vão ficar cada vez mais acessíveis aos bolsos dos adeptos e defensores da leitura digital. É que a Sony acaba de lançar mais um leitor, o Reader Pocket Edition, em versão básica, ao preço de 199 dólares. Um modelo mais sofisticado do mesmo aparelho leitor sairá por 299 dólares. A estratégia com tal lançamento é tentar bater outro leitor, o Kindle, produzido pela Amazon e vendido por cem verdinhas a mais que esse novo concorrente em versão básica.

A promessa da Sony é que as redes de lojas americanas de varejo, como a Wal-Mart e a Best Buy, oferecerão o produto já em agosto. Além do seu tamanho reduzido (tipo um pocket e-book), o que facilita ser transportado em uma bolsa, por exemplo, o preço atual de download dos best sellers e dos lançamentos para o leitor cairá de 11,99 para 9,99 dólares.

Em entrevista à Agência de Notícias Reuters, o presidente da Divisão de Leitura Digital da Sony, Steve Haber, aposta que esses preços competitivos irão expandir sensivelmente o mercado de leitores eletrônicos da Sony, de modo a ultrapassar dois milhões de unidades este ano, só nos Estados Unidos. Levantamento da empresa americana Forrester Research estima que, já no final de 2008, o Kindle e o Sony Reader tinham atingido, cada um, a marca de um milhão de unidades vendidas naquele país. Agora é só esperar, que logo eles estarão chegando às lojas no Brasil.

Imagem que ilustra esse texto: reproduzida da Agência Reuters http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRSPE57407E20090805

4 de agosto de 2009

Inimigos públicos no cinema e na política


O economista e professor universitário Celso Leite traça, em texto enviado ao blog da Jacintha, um breve paralelo sobre o comportamento de gângsteres norte-americanos nos anos 30 e o dos nossos atuais políticos brasileiros.

Celso Leite toma por base o filme Inimigos Públicos, protagonizado por Johnny Depp e em cartaz nos cinemas, para comentar que, no filme, cuja história parte de fatos reais nos Estados Unidos da década de 1930, esses bandidos focavam suas ações no assalto a instituições financeiras (os bancos), mas se negavam terminantemente a tirar dinheiro de cidadãos comuns.

Esse era o preceito “ético” adotado publicamente por tais gângsteres, que, segundo Leite, poderia ser seguido também pelos nossos políticos, no referente à preocupação em zelar pela população – ou, ao menos, não molestá-la –, a quem deveriam de fato representar, uma vez que para tanto foram eleitos.

Confira a íntegra do texto de Leite clicando aqui.

QUEM É
Celso Leite é também consultor e administrador de empresas, formado pela Fundação Getúlio Vargas, e tradutor juramentado (Limeira/SP): http://www.celsoleite.com.br/. Participa, com o “Café com o Leite”, do Programa Reinaldo Bastelli, na TV Mix Regional (canal 167 da Net): sextas-feiras, às 11h30 e 20h30.

Imagem que ilustra este texto: reproduzida de http://www.cinemaemcena.com.br

Encontro com Lobo Antunes na FLIP


O músico e pesquisador em teoria literária Alexandre Bragion relata, especialmente para o blog da Jacintha, a sua participação na entrevista dada à imprensa pelo escritor português António Lobo Antunes, durante a 4.a edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP, em julho passado, no Rio de Janeiro.

Um dos responsáveis pelo programa Educativa nas Letras, da Rádio Educativa FM de Piracicaba, Bragion teve o privilégio de acompanhar a coletiva desse escritor, que hoje representa, ao lado de José Sarama- go, o que há de mais contemporâneo na literatura portuguesa. Entre outros assuntos, falou sobre o que considera “escrever bem”, sua relação com o Brasil e o peso de escritores brasileiros na literatura em língua portuguesa.

Lobo Antunes é autor de 21 romances, entre eles, Eu Hei-de Amar uma Pedra (2004) e Os Cus de Judas (1979), e vencedor, em 2007, do Prêmio Camões de Literatura. Durante a sua conferência “Escrever é preciso”, na FLIP, ele traçou um paralelo entre o exercício da escrita e o da vida, sugerindo que cabe ao escritor “inventar um mundo novo” e, ao mesmo tempo, inserir “todo um mundo dentro das capas de um livro”. Para ele, um livro muitas vezes parte de determinado fato ao qual ninguém dá atenção, uma vez que “a vida é feita de pequenas coisas (...) importantes: uma lágrima, um gesto, um olhar”, que se perpetuam em cada um de nós e também na escrita.

Confira a íntegra do relato de Bragion clicando aqui.

FICA A DICA
Acompanhe o Programa Educativa nas Letras em edição especial sobre a vida e obra de Lobo Antunes, com trechos em áudio da sua coletiva de imprensa na FLIP: próximo sábado e domingo (8 e 9/ago.), na Rádio Educativa FM de Piracicaba.

Programa Educativa nas Letras
Sábados: às 10h / domingos: às 21h
Rádio Educativa FM 105,9 Mhz
www.educativanasletras.blogspot.com

3 de agosto de 2009

Psicanalista Márcio Mariguela em coluna semanal no JP

A partir do próximo sábado, o psicanalista Márcio Mariguela estará assinando regularmente uma coluna do Jornal de Piracicaba, na seção "Opinião". Autor do livro Psicanálise e Surrealismo: Lacan, o passador de Politzer e um dos organizadores de Cotidiano Escolar – emergência e invenção, ambos pela Jacintha Editores, Mariguela analisará em seus artigos semanais temas da atualidade a partir das ferramentas conceituais de Nietzsche, Freud, Foucault e Lacan. "A ideia é ocupar esse espaço para proporcionar um debate de questões um pouco mais adensadas, mas numa linguagem acessível e prazerosa", diz Mariguela.

QUEM É
Márcio Mariguela é mestre e doutor em educação pela Unicamp; professor de história da filosofia contemporânea na Unimep; psicanalista, membro da Escola de Psicanálise de Campinas; pesquisador colaborador do Grupo de Estudos e Pesquisa Diferenças e Subjetividades em Educação/Unicamp; também autor de Epistemologia da Psicologia e organizador de Foucault e a Destruição das Evidências (ambos pela Editora Unimep, 1995).

FICA A DICA
Jornal de Piracicaba, "Opinião", p. 3, sempre aos sábados.

1 de agosto de 2009

Acervos digitais substituem antigas enciclopédias

Entramos definitivamente na era das bibliotecas digitais. A mais recente dessas coleções de livros e documentos virtuais, que vêm tomando o lugar das antigas enciclopédias na preferência de pesquisa- dores e curiosos, leva, não por acaso, o nome de Biblioteca Digital Mundial (BDM).

Criada pela Biblioteca do Congresso Americano, em parceria com a Unesco e a Federação Internacional das Bibliotecas – envolvendo as bibliotecas nacionais de inúmeros países –, ela está disponível em nada menos que sete línguas: inglês, francês, espanhol, chinês, árabe, russo e português.

O coordenador da BDM, Abdelaziz Abid, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo (28/jul./09, Caderno .Edu, p. 11), conta que, já no dia de sua inauguração, em abril passado, o site teve mais de 7 milhões de acessos. “É um fenômeno global. As pessoas querem informações diferentes, disponíveis de forma ágil”, explica. A Fundação Biblioteca Nacional, do Brasil, colabora com a disponibilização de cerca de 1.500 mapas e 1.200 imagens, entre elas, o acervo de fotos de D. Pedro II.

Vale a pena navegar na página da BMD: http://www.wdl.org/pt/.

Ilustração: OESP, Caderno .Edu

29 de julho de 2009

A escuta no tratar do indivíduo com diabetes: saberes, sabores e sentimentos


Este é um livro destinado a aproximar o nutricionista, o médico e outros profissio- nais de saúde das pessoas com diabetes, para ajudá-las a reconstruir sua relação com o alimento e com o próprio corpo.

Nele, os saberes e sentimentos sobre a doença, expressos por quem a vive e com o auxílio da escuta psicanalítica, são apre- sentados antes dos saberes dos especia- listas. Aos conhecimentos atualizados em diabetes e educação nutricional, acrescem-se os sabores da alimentação saudável, em 115 receitas testadas e calculadas, complementadas com tabelas de apoio ao planejamento alimentar e à contagem de carboi- dratos, instrumentos práticos e eficazes na busca de um melhor contro- le metabólico, prazer e bem-estar para a pessoa com diabetes.

Como bem destaca Maria Cristina Faber Boog no prefácio do livro, há muito a autora deste livro compreendeu que “saberes cindidos, desar- ticulados das situações de vida em que são gerados e nas quais devem ser cuidados, pouco concorrem para a eficácia dos tratamentos”. Assim, a nutricionista e psicanalista Denise Giacomo da Motta parte da postu- ra de que escutar e tratar o indivíduo com diabetes exige uma visão global sobre ele. Postura essa essencial para a eficácia também dos processos educativos, nos quais se deve privilegiar a história, os senti- mentos, crenças, valores, comportamentos e condições de vida dessa pessoa.

Educação Nutricional & Diabetes tipo 2. Compartilhando saberes, sabores e sentimentos
DENISE GIACOMO DA MOTTA
Colaboradores: Patrícia Carreira Nogueira, Adriane Foganholo, Rejane Rodrigues de Campos, Ivan Arbex e Marcela Franciele da Silva Nazatto

ISBN 978-85-60677-07-8; [em ed. eletr.]
Prefácio: Maria Cristina Faber Boog

27 de julho de 2009

Biblioteca virtual à disposição de nossos autores

Os livros produzidos pela Jacintha e os seus autores ganham mais um espaço de exposição na web. Trata-se da Biblioteca Acadêmica, portal que abriga publicações de professores universitários que se valem da internet como ferramenta de apoio à difusão de suas obras.

Essa biblioteca virtual foi criada pela e-Cliente, empresa de informática que oferece ferramentas para usuários interessados em dispor de páginas próprias na web, com a garantia de praticidade em seu uso e autonomia em sua manutenção. Ela desenvolve, hospeda e administra sites, cujas soluções incluem aplicações exclusivas, integração de dados e ambientes operacionais e ainda sistemas específicos para marketing digital.

Assim, a Biblioteca Acadêmica expõe as publicações de autores de distintas editoras, tanto por ordem alfabética dos títulos quanto pelas seções temáticas em que se encontram classificados. Cada livro traz seus dados bibliográficos, preço, descrição de conteúdo e mecanismo para compra.

Para você também chegar lá:
. Biblioteca Acadêmica – http://www.bibliotecaacademica.com.br/
. e-Cliente – http://www.ecliente.com.br/

26 de julho de 2009

Estão chegando as almofadas de Amélia!

Entre os próximos lançamentos da Jacin- tha Editores está mais um livro de ficção. As Almofadas de Amélia é composto por crônicas escritas por Dorothee Rüdiger, uma alemã há muito radicada no Brasil. Cansada de ouvir e de reproduzir velhos discursos sobre a norma no campo do direi- to, o da rebeldia contra o sistema e o da verdade na filosofia e na religião, Dorothee encontra nesta publicação nova forma de expor inquietações, angústias, amor e outras percepções, até então de fora dos ensaios científicos de que foi autora. “Percebi que há, no caminho do desejo,” revela-nos ela, “mistérios de um impossível tortuoso de ser traçado, se estritamente seguidos com normas e regras. Daí o intento de expressar com palavras o que não pode ser falado, mas que, por isso mesmo, deve ser dito.”

O propósito dela é colocar-se, como escritora e psicanalista, no exercício efetivo da constatação de que – assim como no amor – a arte e a psicanálise só acontecem no encontro com o outro. Porém, esse encontro raramente vê-se facilitado quando este outro se dispõe a ouvir o que foge à razão. As Almofadas de Amélia ocupa, justamente, espaço próprio em oposição a tal tendência.

Quando muitas obras do mercado editorial pouco respeitam a angústia existencial que marca nossa era, Dorothee, que elegeu o Brasil para fincar raízes, deixa-se publicar sem respostas acabadas. Mas, decerto, faz do relato de seu percurso íntimo um olhar oportuno sobre uma sociedade em transição, olhar esse marcado essencialmente pela presença do feminino a cada dia a se redescobrir.

É por essas e outras que as Amélias estão em extinção. Mulher de verdade mesmo é a que está surgindo neste mundo globalizado. Com garra, têm mantido o sensível como diferencial sobre o predomínio masculino – ainda que sem negar seus conflitos e contradições. Exatamente como Dorothee vem a público, por meio de suas crônicas. Com verve e fina criticidade, não poupa nem o universo feminino.

Se muitos maridos transformaram-se em almofada, “enfeitando o sofá da sala”, é porque não raro eles viraram estampa ao sucesso da nova mulher. Segundo a crônica “O homem troféu”, a mulher atual “ainda sustenta uma espécie de patriarcado postiço. (...) viver sem um reizi- nho mandão em casa seria um desastre. Para que, afinal, ela beijou o sapo? Para ter um príncipe com uma longa espada dependurada na cintura!”. Ao fim, ele assim representa um prêmio pela luta incansável que esta nova Amélia trava no dia a dia globalizado...

As Almofadas de Amélia: crônicas sobre a condição feminina
DOROTHEE RÜDIGER


ISBN 978-85-60677-06-1; 170p.; [no prelo]
Piracicaba: Jacintha Editores, 2009

Jacintha Editores: casa do autor, voo do leitor

Libélula nativa da Amazônia, a jacinta empresta o nome à editora para expressar o conceito dos seus serviços, ao dar asas à produção intelectual de nossos autores e à formação de nossos leitores. Isso porque a origem de libélula remete ao termo latino libellulus, diminutivo de livro (liber), devido à semelhança de suas asas com um livro aberto.

Concentramos esforços na concepção e execução de publicações com absoluta qualidade gráfica e consistência textual. Para nós, o livro continua sendo o suporte mais adequado à difusão do conhecimento, sem que se deixe – com vistas à sua maior difusão – de recorrer aos recursos das diversas mídias, como a web. Para tanto, necessariamente sua produção pressupõe permanente interlocução entre autor e editor responsável.

Assim, firmamos uma relação de parceria com os nossos autores, desde a concepção de um livro próprio a cada produção até a fase de sua comercialização, respeitando características e particularidades de todo projeto, de modo a potencializar sua consistência editorial, otimizar sua publicação e garantir-lhe maior visibilidade.