'A verdade não pode ser dita, só revelada'. A frase, que Wesley Duke Lee gostava de usar, paradoxalmente muito diz do trabalho desse talentoso artista paulistano, morto domingo à noite (12/set.), no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, aos 78 anos. Acometido do mal de Alzheimer durante os últimos três anos, sofreu uma broncoaspiração seguida de parada cardíaca.
Desenhista, gravador, pintor e professor, o provocativo e irriquieto Wesley Duke Lee nasceu em 21/dez./1931. Estudou desenho livre no Masp e depois cursou a Parson’s School for Design, em Nova York, tendo sido ainda aluno do pintor italiano Karl Plattner. Também trabalhou como ilustrador e publicitário. É tido como pioneiro da linguagem contemporânea nas artes plásticas no Brasil, ao produzir, já nos anos 60, pinturas com colagens, ‘happenings’ e criar ambientes instalativos.
O trabalho que ilustra esta postagem compõe a mostra da Pinakotheke Cultural, no bairro de Botafogo (Rio de Janeiro), que se estende até 2/out. próximo. A exposição anterior do artista havia se dado há 18 anos. Mas Wesley Duke Lee estará representado na 29.ª Bienal de São Paulo, que abre no próximo dia 25, como integrante do Grupo Rex, fundado por ele junto com os artistas Nelson Leirner e Geraldo de Barros. Apesar de ter tido curta duração (jun./66-maio/67), o grupo foi um grande inovador da cena paulista, ironizando o sistema da arte, seus museus e galerias.
Para imagens de suas obras e do próprio Wesley Duke Lee, acesse este link.
Nenhum comentário:
Postar um comentário