A coluna de Paulo Nogueira desta semana na revista Época traz um depoimento bastante interessante sobre as possibilidades que a internet abre ao jornalismo. Nada que nós, jornalistas, não tenhamos percebido e vivenciado, mas não custa lembrar e registrar uma vez mais.
O acesso rápido e gratuito a bancos de informações no mundo inteiro, as entrevistas feitas a longas distâncias pelo Skype, sem abrir mão de esquadrinhar as expressões do entrevistado, a facilidade de chegar ao texto final e ao formato com que ele será publicado, dispensando a refeitura nas laudas e a dificuldade de decifrar as palavras debaixo das canetadas do editor, a agilidade dos tradutores de texto, a contribuição dos editores de imagens...
Isso tudo, sem contar que hoje em dia jovens jornalistas – e também os de gerações anteriores, como eu – conquistamos maior independência com relação aos empregos nos veículos tradicionais, uma vez que a plataforma digital torna possível publicar informações e opiniões em nossos próprios blogs e sites. E, com isso, garantir o “pão nosso de cada dia”, desde que atestada a credibilidade das informações publicadas e conquistado razoável número de leitores seguidores.
Assim, o jornalismo na web vive a sua segunda década já com muita história pra contar, sobretudo o chamado jornalismo regional, aquele distante do que é praticado pelos jornalões e por outros meios de informação focados nas grandes cidades brasileiras.
Graças à internet, novos veículos no interior de São Paulo, por exemplo, despontam como potenciais fóruns de notícias, comprometidos com a verdade dos fatos, a cultura e a identidade de sua região, a ética do fazer jornalístico e as aspirações do público local. Um desses sites, o Limeira Notícias: você conectado com a informação, acaba de ser criado em Limeira (SP) por ex-alunos meus da faculdade de jornalismo nessa cidade. Desejo a eles o merecido sucesso.
Foto: Jac©Edit
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