O tema da abertura do seminário (veja a matéria anterior deste blog) iniciado ontem (24/março), no Memorial da América Latina, em São Paulo – “Retrospectiva, atualidade e projeção do direito à informação na América Latina” – teve como expositor o geógrafo Demétrio Magnoli e a coordenação da professora Cremilda Medina (ECA/USP).
Para dar ao público um panorama de como as sociedades latino-americanas estão vivendo a “nova ordem da informação”, Magnoli começou listando o caso recente de Cuba, onde o bloqueio oficial à imprensa livre é furado pela internet, por meio das redes sociais, twitter e blogs. Aqui, segundo ele, está a diferença com a década de 1970, quando 95% da informação internacional eram difundidos por agências de notícias norte-americanas e européias, e apenas 5% tinham origem “independente”.
Embora a situação tenha melhorado, a liberdade de imprensa ainda enfrenta ameaças no continente latino-americano. E, segundo Magnoli, o Brasil também está nessa lista, quando setores políticos falam em “conspiração da imprensa golpista”, tese lançada nos tempos do mensalão por intelectuais ligados ao PT. Para o geógrafo, o propalado “controle social da mídia” é outro sintoma desse perigo, assim como o Plano Nacional dos Direitos Humanos divulgado recentemente, que, de acordo com Magnoli, sugere a necessidade de “se fazer um acompanhamento editorial da imprensa”.
Outros convidados, com destaque para o especialista venezuelano em ciências da comunicação Adrián Padilla e o jornalista argentino Dario Pignotti, falaram da realidade atual e das leis de informação e difusão em seus países.
Veja a cobertura integral do debate em: http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/AgendaDetalhe.do;jsessionid=02C89397F491BBB10E8892EE857C340C?agendaId=1636
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