Contadora de histórias. É como a nigeriana Chimamanda Adichie, de 33 anos, se define. Faltaria acrescentar: uma “excelente” contadora de histórias… Autora de Purple Hibiscus (2003) e de Meio Sol Amarelo, romance este vencedor do Orange Prize 2007, ela está com uma palestra sua circulando em vídeo na web, “O perigo da história única”, dada em Oxford, Inglaterra, no ano passado. Simplesmente obrigatória!
Articulada, de humor requintado, inteligente e, de quebra, linda (e ponha ‘linda’ nisso!), Chimamanda fala sobre as implicações e riscos de se assimilar ‘histórias únicas’ de pessoas, fatos ou países – que superficializam, reduzem e, pela diferença, excluem o outro. Com isso define poder, na estrutura do mundo: “poder, mais do que a capacidade de contar a história de uma outra pessoa, é o de fazer essa história a história definitiva daquela pessoa”.
Mas o bom mesmo é escutar essa brilhante e bela contadora de histórias. Afinal, “histórias importam. Muitas histórias importam”!
Dicas
. Meio Sol Amarelo : 504p., trad.: Beth Vieira, Cia. das Letras, 2008, R$ 59,00
. Transcrição integral em português de “O perigo da história única”:
http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=563
Indicação da biblioteconomista e jornalista Dina Uliana, a quem muito agradecemos!
Olá, Heitor!
ResponderExcluirQue achado essa fala, não? E dizem que as narrativas não tem poder... Vou passar para os meus alunos da psicologia refletirem um pouco.
Um abraço,
Érico Campos.
Muito obrigado pela reação, Érico!
ResponderExcluirAs narrativas não só têm poder como, a julgar pela de Chimamanda Adichie (além dela própria...), elas possuem muita beleza!
Grande abraço.